Mercado de Front-end: o que mudou de dois anos para cá?

July 7, 2012

Publicado originalmente na edição n° 91 da Revista Wide, em julho de 2012.

Há um tempo estavam de um lado profissionais de frontend que se limitavam a escrever HTML e CSS, e do outro lado, gestores de projetos que desconheciam ou davam pouca importância ao profissional de frontend em sua equipe. Mas, nos últimos dois anos, essa profissão se desenvolveu bastante no Brasil, e o grau de exigência para esse profissional também.

Para se candidatar a vagas em grandes empresas, é fundamental conhecimento em engenharia de software, empregada ao desenvolvimento frontend. Isso inclui ter boa noção de organização de código-fonte, modelagem, testes automatizados, refatoração, versionamento e garantia de qualidade. Além disso, é importante ter conhecimento de outras áreas, tais como: interação humano-computador, performance client-side, segurança e acessibilidade.

Quem busca se destacar nessa profissão, tem que ter um ótimo nível de conhecimento em JavaScript, pois ele é cada vez mais importante, além de ser item obrigatório na maioria das seleções a vagas, tanto no Brasil, quanto no exterior. Essa linguagem foi umas das que mais cresceram nos últimos anos, motivado pela necessidade de desenvolvimento de produtos mais complexos e de interação com as novas APIs do HTML5. Além disso, procure estudar ao menos uma linguagem server-side, pois é um diferencial em muitas empresas. Na Globo.com, por exemplo, Python é um grande diferencial, assim como PHP é para o Yahoo e Facebook, e Ruby para o Twitter.

Tenha sempre em mente que você terá que dominar algumas peculiaridades que o desenvolvedor server-side, em geral, não domina, tais como: performance no JavaScript ou no CSS, APIs do browser, problemas cross-browser, layouts responsivos e redução da quantidade de HTML.

Felizmente, o mercado brasileiro está olhando para os desenvolvedores frontend de uma forma melhor, e diversas organizações já os remuneram com a mesma faixa salarial dos desenvolvedores backend. Mas a média da remuneração ainda é abaixo do exterior. Lá esse perfil também é muito valorizado e demandado. Vale salientar que muitos não migram apenas pelo fator remuneração, mas também pela busca de melhores condições de vida. E isso não é raro, visto que infelizmente continuamos perdendo grandes profissionais para o exterior.